Mesmo muito contestado, Jorge Fossati tinha bons números no comando do Internacional. Tudo terminou ontem, quando o treinador uruguaio foi demitido do comando do time colorado.
Treinando o Internacional há seis meses, Fossati tem um aproveitamento de quase 60%. Em 33 jogos, foram 18 vitórias, 6 empates e 9 derrotas. Porém os números não são determinantes para a permanência de um treinador, longe disso.
Tudo começou no campeonato gaúcho, quando a equipe colorada foi eliminada pelo Novo Hamburgo nas semifinais do primeiro turno em pleno Beira Rio. Após o vexame, Fossati começou a balançar no cargo, porém a boa campanha na Libertadores impediu que o treinador fosse demitido do cargo.
O segundo turno não deu para o time do Inter, foi apenas terceiro colocado em seu grupo. Nas quartas de finais passou sufoco, mas conseguiu a classificação contra o Novo Hamburgo. Veio a classificação pela semifinais e uma inédita na final contra o Pelotas, ganho pela equipe da capital.
Na final geral um duelo contra o Grêmio. No primeiro jogo derrota de 2x0 no Beira Rio. Já no Olímpico, vitória de 1x0 que não foi possível levar o caneco pra casa. Na Libertadores levou a equipe as semifinais, eliminando duas equipes argentinas: Banfield e Estudiantes.
O Brasileirão começou com vexames, em quatro jogos uma vitória apenas. Foram duas derrotas em casa, para o Cruzeiro e para o São Paulo. Porém a derrota para o Vasco de virada – equipe vencia de 2x0 no primeiro tempo – foi a gota d’água para a demissão de Fossati.
Os números são muito bons, porém Fossati não se adaptou ao ritmo do futebol brasileiro. Ele tem adotado um futebol de mais raça, estilo futebol uruguaio, e esquece do brilho, da “ginga” do futebol brasileiro.